quinta-feira, 22 de outubro de 2009

TRÁFICO DE ENTORPECENTES Nº 01












Foto: Pedro Pantoja/Futura Press

O corpo do policial militar Izo Gomes Patrício, um dos ocupantes do helicóptero que foi derrubado a tiros por traficantes no Morro dos Macacos, foi enterrado na tarde desta última terça-feira, 20/10/2009.
Observe que numerei o título desta postagem. Por quê? Porque é certo que trarei mais notícias sobre as consequências do movimento criminoso que assola as várias capitais de nosso país, sobretudo a carioca e a paulista.


O que acho estranho nisso tudo é o seguinte:

1º - Traficantes tentaram invadir o Morro dos Macacos para assumir o controle da venda de drogas na região.

2º - O comandante do 20º Batalhão da PM (Mesquita), tenente coronel Evanir Linhares, informou à imprensa que um rifle antiaéreo calibre ponto 30, de uso exclusivo do Exército, pode ter sido usado por criminosos para derrubar o helicóptero foi apreendido junto com armas que estavam enterradas na favela da Chatuba, onde o tráfico é controlado pelo GRUPO DE CRIMINOSOS que a mídia inocentemente chama de Comando Vermelho, em Mesquita, na baixada fluminense.

3º - Corrupção nos setores e órgãos responsáveis:

polícias (civil, militar e federal), Forças armadas, órgãos alfandegários e funcionários dos sistemas carcerários.


4º - A Lei e o uso de drogas.

Por que destaco esses quatro ítens?

Simples: porque é o que SUSTENTA tudo isso!



Aí, vemos a SOLUÇÃO apresentada pelo delegado
Alan Turnowski, chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro:




"...a resposta [aos criminosos] vai vir na mesma medida..."

Então, temos que acreditar qua ação criminosa é um exemplo a ser seguido, um exemplo de tática policial, um exemplo de conduta para uma organização que tem a missão de zelar pela segurança do cidadão? É o crime organizado que dita as regras?


Então, temos que acreditar que a solução imediata para esse tipo de violência está, SOMENTE, no contra-ataque crimonoso aos grupos do tráfico de drogas?

Mas... ESSE TIPO DE VIOLÊNCIA NÃO TEM CAUSA, só consequências?


E o que fazer com os quatro ítens acima, que todos nós sabemos existir?


Analisemos:


1º Para se vender algo é preciso que haja comprador.


Uma padaria só existirá se existir quem compre pão, caso contrário, a padaria vai à falência.


Os "POSTOS" de VENDA das drogas existem porque há OS COMPRADORES que, direta ou indiretamente, SUSTENTAM estes "postos". Ou não? Se não é esse fato que dá suporte financeiro ao TRÁFICO, qual é a base financeira que mantém o movimento de pé, então? Qual é o preço de um grama de cocaína?


Se for feita uma pesquisa, encontra-se que um quilo de cocaína pura, pode custar de US$ 1.500 a US$ 1.800 na Colômbia. Nos Estados Unidos vale mais ou menos US$ 25 mil. No varejo, a droga misturada rende US$ 110 mil. Essas informações não são atualizadas. Contudo, mesmo que o valor tenha aumentado ou caído, dá pra perceber o lucro que isso dá.


Analise esta manchete e reflita sobre o lucro:

A Marinha britânica anunciou a apreensão de cinco toneladas e meia de cocaína com valor estimado de vendas nas ruas de US$ 380 milhões (cerca de R$ 703), na costa da América do Sul. (BBC Brasil)


E o que iria se fazer com cinco toneladas e meia de cocaína? Jogar fora?

Não há nenhuma relação criminal entre essa quantidade de cocaína e o USO PESSOAL?




Por que toco nesse ponto? Porque há a ESTÚPIDA diferença que alguns legisladores insistem em apontar: TRÁFICO e USO PESSOAL.


Pergunto: ONDE QUE O USUÁRIO ADQUIRE O crack, a cocaína etc.? No supermercado da esquina?

Existe "usuário" de pão sem a panificação? Existe o tráfico de drogas (e suas imediatas consequências) sem o USO PESSOAL das drogas ilícitas?


Não é pelo CONTROLE dos pontos de VENDA que a violência ocorre?


2º Armas de uso exclusivo das Forças Armadas










Ora, se tal armamento é de uso EXCLUSIVO das FORÇAS ARMADAS, como é que esse material bélico vai parar numa comunidade DE DIFÍCIL acesso até para os que nela residem?


Como o arsenal sai de seus devidos depósitos (paiol)?

Quem são, nos quartéis das Forças Armadas, os oficiais diretamente responsáveis pela guarda, manutenção e controle dessas armas?





3º A alfândega, a Receita Federal, a polícia de fronteira, as penitenciárias - QUEM RESPONDE pela fiscalização de seus respectivos agentes e funcionários?





4º - Por que a lei descriminaliza ou despenaliza o uso pessoal de drogas, mas não legaliza (com as devidas fiscalizações sanitárias e da Receita Federal) a venda? Não é o que se faz com a bebida alcoólica e os cigarros lícitos?



















Por quê? Por quê? Por quê?...


Voltaremos ao assunto. Infelizmente.

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