OLIMPÍADAS 2016, ALEGRIA ANTES, E O DEPOIS?

O Brasil e boa parte do planeta viram e ouviram a algazarra que se alastrou pelos meios de comunicação quando o Rio de Janeiro subiu ao pódio para anunciar sua vitória na corrida para sediar os jogos olímpicos de 2016.

Por outro lado, chegaram aos nossos ouvidos e visão o descontentamento de muitos que questionam o investimento de mais 25 bilhões de num evento como esse em detrimento das condições precárias pelas quais passam a educação, a saúde e a segurança da Cidade Maravilhosa.

Muitos dizem que uma coisa não precisa anular a outra.

Olha, eu até concordo.


MAS...








Segundo o site VOTE BRASIL (http://www.votebrasil.com ),

Uma pesquisa feita por amostragem pela Controladoria-Geral da União (CGU), mostrou que 51% das prefeituras fiscalizadas por sorteio estão deixando de divulgar a relação dos beneficiários com o Bolsa-Família. Isso ajuda a aumentar fraudes no programa, principalmente nos casos de pessoas que não podem receber o beneficio, mas continuam cadastradas.

Apesar do alto índice, que se refere aos dois últimos anos, ele é 12% inferior aos dados de 2003 a 2005, quando 62% dos municípios analisados não mostravam os nomes de quem recebia o auxílio. Pelo decreto do governo, todos os municípios devem divulgar amplamente a relação dos beneficiários do Bolsa Família.

Mas das 446 prefeituras sorteadas para serem fiscalizadas, 227 não tinham tornado pública a lista das pessoas que estavam dentro do programa.

Isso representa 51% das cidades pesquisadas por meio de cruzamento dos relatórios de auditorias e questionários enviados pela CGU.

Muitas vezes, famílias que antes recebiam o dinheiro do programa se mudaram, mas continuam na relação de recebedores.

O que quero mostrar com esses dados é que no nosso país existe um grande problema que parece não querer achar solução: A FISCALIZAÇÃO NÃO FUNCIONA.

Assim, que garantia temos que o retorno econômico-social esperado dos investimentos feitos na Cidade Maravilhosa para os jogos olímpicos
vai de fato existir?

A questão vai muito além das prioridades que a cidade carioca dia-a-dia anuncia (saúde, educação, segurança etc.) , que realmente podem, sim, serem resolvidas JUNTO com os invetimentos para os jogos olímpicos de 2016;

a questão é COMO vai ser feita a fiscalização disso tudo.

Agora, só resta esperar...


Você sabia?

CURITIBA - A costureira Cleusa Soares Massafera - mãe da modelo e atriz Grazielli Massafera - é uma das 3.204 beneficiárias do Bolsa Família em Jacarezinho, no Norte do Paraná. O programa federal de transferência de renda é destinado a famílias em condição de pobreza e extrema pobreza. Grazi, como é chamada, ficou conhecida ao participar do programa Big Brother Brasil. A costureira reside em uma casa de alto padrão, num dos bairros mais nobres de Jacarezinho, presente que ganhou da filha.




A mãe da atriz confirmou ter recebido repasses do Bolsa Família e do Auxílio Gás, conforme o relatório do site Portal da Transparência, da Controladoria Geral da União, onde consta seu nome. O valor dos auxílios somam R$ 45 e o registro do último repasse para Cleusa foi em junho.


Grazi tem contrato com a Rede Globo até 2010. Ano passado, ela recebeu um cachê de R$ 700 mil para posar nua na revista Playboy. Estima-se que para ir a uma festa a atriz receba cachê de R$ 15 mil. Ela faz cerca de três desfiles por mês e em média cobra R$ 30 mil para pisar na passarela. O mesmo valor também é cobrado para aparecer em catálogos de moda.

Mesmo assim, Cleusa admitiu ser cadastrada no Programa Bolsa Família. Ela disse que precisava do auxílio, mas agora pretende repassar o cartão para sua irmã.

O Bolsa Família beneficia famílias com renda mensal por pessoa de R$ 60,01 a R$ 120. O cadastramento, fiscalização e controle do programa nos municípios são de responsabilidade das prefeituras. A assessoria do Departamento Municipal de Assistência Social de Jacarezinho reconheceu, na sexta-feira, que não existe visita domiciliar para confirmação da situação econômica da família, o que é recomendado.

O Ministério do Desenvolvimento Social informa que no Paraná 13.270 famílias estão com o benefício suspenso, depois que o cruzamento dos registros identificou que beneficiários tinham renda superior ao limite do programa. (Gazeta do povo on line/Globo.com, há dois anos)