terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Afinal, QUANDO JESUS NASCEU?

É concenso entre católicos romanos e evangélicos:


Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro.










E quando o Messias nasceu, então?



Ninguém sabe exatamente. Nem o dia, mês ou ano.


Aliás, a data EXATA de Seu nascimento é o que menos importa, diante da força que a mensagem do Evangelho tem para transformar a humanidade.




Porém, não é pecado especular.

Dos quatro evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) apenas João não nos narra detalhes sobre o nascimento do Cristo. João escreve para cristãos, portanto seria desnecessário explicar o que todos eles sabiam.

Mateus escreve para judeus, Marcos para romanos e Lucas para gregos, povos que precisavam saber mais sobre a origem do Cristo.

Sobre o mês do nascimento, Lucas nos dá uma pista:

"No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,
a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria"
(Lucas capítulo 1. versículo 26).

Nos versículos 39 e 40 do mesmo capítulo, Lucas diz:

"Naqueles dias, dispondo-se Maria, foi apressadamente à região montanhosa, a uma cidade de Judá,
entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel". (Lucas capítulo 1. versículos 39 e 40)

Isabel, parente de Maria,faz a seguinte observação durante a visita:

" E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre!"
(Lucas capítulo 1. versículo 42).

Assim, Maria, quando visitou Isabel, já estava com o "fruto" em seu ventre.

O SEXTO MÊS no calendário hebraico se chamava "Elul", que corresponde ao mês de SETEMBRO, que era verão em Israel, época de colheitas.

Se Maria engravidou LOGO APÓS "aqueles dias", ou seja, no mês de "Elul" (setembro), Jesus teria nascido no mês de junho ou julho; ou ainda no mês de agosto, já que não sabemos exatamente quantos dias se passaram da visita do anjo Gabriel até o encontro de Maria com Isabel.

Um coisa é certa: não era inverno.

Veja a pista do capítulo 2, versículo 1 do evangelho de Lucas:

" Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se".
(Lucas 2.1)

Ora, qual imperador iria decretar um recenseamento EM PLENO INVERNO?

Naquela época, para responder ao censo, as pessoas tinham que fazer longa viagem até a sua terra natal; no inverno isso seria impraticável.

No versículo 8 do mesmo capítulo, diz:

"Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite".
(Lucas 2.8)

Pastores guardando o rebanho, durante as virgílias da noite, EM PLENO INVERNO? Idéia quase insana.

O assunto mexe, sim, com a curiosidade de céticos e crentes de todas as religiões, ou para especular ou para tentar "atacar" o credo cristão. Entra ano e sai ano, mais revistas trazem em suas capas o nome Jesus Cristo.


Veja mais informações sobre o assunto no post que inaugura o blog Resposta aos Céticos.

http://respostaaosceticos.blogspot.com/

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Os golpes virtuais durante as Boas Festas

Olá confrades da "blogolândia"!

Sabe aquele e-mail que recebi, com os 7 golpes virtuais? Pois é, fui orientado a não TRANSCRECER a mensagem, já que se trata de um comunicado interno.

Assim, para evitar problemas para a pessoa que me enviou, para a qual não comuniquei que iria publicar sua mensagem neste blog, preparei minha própria mensagem sobre o assunto.

Aproveitei e fiz alguns acréscimos.

Não esqueçam de compartilhar essas informações.

Boa leitura!



Já sabemos que existem os chamados criminosos virtuais, aqueles que tentam nos roubar através da Rede. Embora isso aconteça DURANTE OS 12 MESES DO ANO, em datas festivas, como o Natal, a ocorrência aumenta.

E a "criatividade" do crime, também.

Abaixo, os principais golpes.

Golpes de Phishing Beneficentes - O perigo na hora de fazer doações

Os hackers criminosos aproveitam o clima natalino e a boa fé das pessoas para enviar mensagens que aparentam ser de organizações beneficentes; SÓ APARENTAM!

Na realidade, são sites falsos criados para roubar os valores doados e adquirir informações de cartão de crédito e identidades dos doadores. Munido dessas informações, os criminosos tentam acessar a conta bancária do usuário que cair no golpe.
E aí, já viu, né?

As FATURAS FALSAS


Nesse crime, os cibercriminosos enviam faturas e avisos de entrega falsos, que parecem vir dos Correios, de bancos ou de alguma operadora de cartão de crédito. Através de e-mails os criminosos enviam mensagens solicitando informações de cartões de crédito para supostamente reembolsar para conta algum valor. Também podem solicitar que os usuários abram uma fatura on-line ou um formulário da Receita Federal para receber uma encomenda.

Se a pessoa seguir as instruções, suas informações poderão ser roubadas e ainda ter programas maliciosos instalados automaticamente em seus computadores.


Cartões de Natal virtuais

Os criminosos virtuais lucram com os consumidores que enviam cartões de Natal virtuais. Quando o usuário clica em algum link, para abrir os tais cartões, dão partida para a instalação de vírus. Por isso, os profissionais da informática recomendam NÃO ABRIR qualquer tipo de cartões de natal. Mesmo que sejam enviados por amigos, familiares e conhecidos de confiança, já que os mesmos podem nem saber que seu lindo cartão virtual esteja infectado.

CPF roubado

Quem costuma fazer compras através da Rede, deve usar somente sites conhecidos. Geralmente é preciso informar o número do CPF para esse tipo de transação.

Não é preciso dizer o que pode acontecer se o CPF cair em mãos bobas, não é?

No site EBIT, há diversas orientações para saber como fazer compras seguras na Rede.
http://www.ebit.com.br/bitconsumidor/html/dicas_compras.asp.

O site orienta, por exemplo, não confiar em promoções de produtos de sites desconhecidos.

Investigar a origem da loja virtual é um bom começo.



Roubo de senhas


Esse crime virtual aumenta no final do ano, pois os criminosos virtuais fazem uso de vários programas para descobrir a senha das pessoas e distribuir programas para gravar a digitação destas senhas, conhecidos como "programas de captura de digitação" (ou keyloggers).
Quando os criminosos conseguem acesso a uma ou mais senhas, eles também tem acesso a informações bancárias e de cartões de crédito,
podendo até zerar as contas rapidamente.

Golpes de banco pela Internet

Aparece uma solicitação para que os usuários confirmem as informações da sua conta, inclusive nome e senha, sob a condição de ter as contas bloqueadas se não seguirem as instruções.
Assim, os criminosos usam as informações ROUBADAS para negociarem numa espécie de "mercado negro virtual".
No período natalino muitas pessoas costumam acompanhar suas compras pela Rede e, na tentativa de monitorar seus gastos, acabam caindo em site falsos.

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Curiosidades:

HACKER - A palavra vem do inglês "HACK" ("brecha"). É usada para definir a pessoa que experimenta e explora programas para computador (software) com o objetivo de forçar a entrada em um sistema de computação alheio. Ou seja, o indivíduo procura uma "brecha".

CRACKER - É o "hacker" que procura por essa "brecha" no sistema alheio, com objetivos criminosos.

Os "hackers" geralmente não gostam quando os cibercriminosos (crackers) são chamados de "hackers".

CYBER - Forma reduzida da palavra "CYBERNETIC". É a mesma "CIBERNÉTICA", em português. A palavra define a ciência que estuda os sistemas e mecanismos de controle automático (a informática é um deles), e comunicação, tanto em seres vivos quanto nas máquinas. Devido ao avanço tecnológico, é mais comum o uso do termo relacionado aos sistemas mecânicos. É dessa palavra que vem o já popular "cibercafé".

A palavra, tanto em inglês quanto em português, vem do grego:
" Κυβερνήτης" (Lê-se: "quibernetis") - siginifica "condutor, governador, piloto".


VIRTUAL - Algo que não existe na forma física.
A Internet, por exemplo, não tem existência fora dos computadores, fibras óticas, ondas de rádio e linhas telefônicas. A palavra vem do latim virtualis, que entre outros significados traz "força de espírito".

LINK - Palavra inglesa que siginifcia "Elo", "conexão".

O link pode ser uma parte de algum texto ou mesmo uma imagem. Quando aparece em textos, geralmente o link tem a cor azul.


PHISHING - A palavra é uma adpatação do inglês "FISH" ("peixe", em portugês). A idéia é mais relacionada ao ato de PESCAR.

Assim, PHISHING é o ato de "pescar" (roubar) as informações pessoais de alguém através de mensagens e sites falsos.

SITE - É a palavra em inglês para o nosso conhecido "SÍTIO".

Sabemos que num "sítio" existe uma variedade de frutos e vegetação, a idéia virtual da palavra, assim, é apresentar uma página na Rede com uma variedade de informações.

Em Portugal é mais comum o uso de "Sítio" mesmo, não o desnecessário "sáite". Como a cultura estadunidense (EUA) adentra com muita facilidade em nosso país, poucos brasileiros fazem uso da palavra SÍTIO.

É semelhante ao que acontece com a palavra "MOUSE". Nossos parentes linguísticos de Portugal usam "RATO" mesmo.





quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

INSS e o Auxílio Doença: MUITO CUIDADO!

A nossa legislação trabalhista diz que, após 15 dias consecutivos de afastamento, o empregado deve ser encaminhado ao INSS para requerer o chamado AUXÍLIO-DOENÇA.

Após passar por uma perícia, feita por médicos do INSS, e de ter sido constatada a doença, o salário (ou parte dele) será pago pela Previdência Social por um período determinado.

Beleza, né?

Todavia, o que poderia ser um benefício justo, muitas vezes traz muita dor de cabeça.

O problema começa na velha mania de malandragem de alguns. O INSS acaba se tornando uma fonte de renda para quem deseja ganhar dinheiro sem muito esforço.

" Trabalhei como perito judicial por algum tempo e constatei que 70% daqueles que recebem alta do auxílio-doença pleiteiam o retorno sem motivo justo (diga-se de passagem, é bom demais receber sem trabalhar). Por exemplo, alegam patologias totalmente subjetivas, como dores nas costas, e trazem laudos de exames com alterações que 90% da população tem em determinada faixa etária."
(Mauricio Garcia - especialista em Traumato-Ortopedia e Medicina do Trabalho. É colunista do site Papo de Homem - http://papodehomem.com.br/. )

É aí que vem aquela velha história: por causa de muitos, alguns vão pagar.

Por existir tal malandragem, os peritos do INSS não concedem o benefício facilmente.

"Reza a lenda que existe cota de negação de benefício que precisa ser cumprida, para evitar o sangramento dos cofres do INSS e a institucionalização da malandragem. E com isso, a quantidade de injustiças e arbitrariedades cometidas pelos referidos peritos é imensa" - diz o Dr. Maurício Garcia.

Agora preste atenção nesta informação:

caso o empregado afastado, sem condições de retorno, não requeira outra perícia até 15 dias antes do término do seu benefício, ele vai sofrer a chamada ALTA AUTOMÁTICA. Isso quer dizer que terá que voltar para o trabalho, apto ou não.

Um outro problema desse tipo de relação empregado/empresa/INSS, é o vínculo de determinadas doenças com o trabalho. Algumas profissões têm patologias intrínsecas ao seu desempenho, é o caso dos problemas de coluna nos carteiros e a tendinite nos operadores de telemarketing. São as chamadas LER - Lesão por Esforço Repetitivo.

Numa bolsa como esta, o carteiro é às vezes obrigado a carregar quase 20kg de correspondências. Embora o limite seja 10kg para homens e 8kg para mulheres, a falta de estrutura e as falhas frequêntes na logística, acabam sobrecarregando o empregado. Patologias na coluna cervical, lombar e inflamações no joelho, são constantes.

Em frente a móveis como este (os chamados "escaninhos") o carteiro É OBRIGADO a fazer a primeira triagem (são duas) EM PÉ. Conforme a carga a ser triada, geralmente o carteiro passa mais de 1h em pé. Depois, o profissional tem que preparar a bolsa, sentado em cadeiras geralmente defeituosas, proporcionando vários problemas na coluna.

Não adianta o profissional recorrer a tratamentos, como alongamentos, se ele vai estar exposto diariamente à causa de sua constante doença. Tais profissões podem ser caracterizadas como insalubres.

Nessa via-crucis que o empregado afastado percorre, existe mais uma pedra no caminho: o setor de RH das empresas.

"Nesse período de afastamento, entra em cena o pessoal que trabalha com RH. Por mais que eu entenda que estão apenas cumprindo seu papel, o que já teve de gerente de RH folgado me ligando pra acusar o meu paciente de estar fazendo corpo mole e sugerindo o que eu deveria fazer… Que os trabalhadores de RH aqui não me entendam mal, mas boa parte dos comportamentos nessa área é lastimável." Lamenta o Dr. Maurício.

Pois é, doenças que não podem ser facilmente detectadas ou observadas, obrigam o empregado a conviver com a desconfiança de sua chefia, do setor de RH e até dos colegas. É comum a brincadeira do "Doutor Armando", que é aquele "profissional" que "ARMA" a malandragem em favor do empregado "enrolão".

Agora imagine quando o empregado tem o benefício negado pela perícia médica do INSS.


Com a negação do benefício pelo INSS, o empregado tem que voltar a trabalhar . Só que para o médico do trabalho na empresa, o empregado diz que está sem condições de retornar.

O médico do trabalho na empresa, então, para evitar um possível processo devido a um agravo da doença do empregado, encaminha-o de volta ao INSS . Mais uma perícia é feita, novamente o perito não libera o benefício e o ciclo recomeça. Enquanto se encontra nessa situação, nem a empresa, nem o INSS pagam o salário do empregado; ele, assim, fica sem renda.

Para não ter o seu nome no SPC e também a sua geladeira vazia, o empregado decide trabalhar doente.

Se pedir demissão, o empregado perde o FGTS e a indenização, paga pela empresa, de 40% do seu salário .

Desanimado, resta ao empregado "forçar a barra" para ser demitido.

"Aí surge o tal corpo mole de verdade. O trabalhador quer ser demitido e começa a chegar atrasado, não trabalhar direito, sempre explorando essas falhas mais leves, pois se fizer algo grave tomará uma justa causa e será demitido sem direitos adicionais.

A empresa não demite, o trabalhador não pede demissão. E o final disso já podemos ver: processos e uma sobrecarga extra ao já sobrecarregado judiciário." - alerta o Dr. Maurício Garcia.

A nossa CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas ) é de 1943, ano em que entrou em vigor. Até o fím do século passado poucas mudanças ocorreram. Além de algumas mudanças só em tópicos específicos, como a remuneração das férias, o que houve de significativo mesmo foi na área do trabalho rural.

No nosso lindo e maravilhoso país, as leis que mais têm seus artigos aplicados com rigor e devida atualização, são as que beneficiam o Código Eleitoral, em favor do voto obrigatório (não da liberdade de votar) e os projetos que aumentam o salário dos deputados e senadores.

Notícias sobre a correção do FGTS têm circulado na imprensa. Atualmente, o reajuste do FGTS é menor do que o da poupança.

Breve conversaremos aqui, no nosso blog, sobre esse assunto.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

AUMENTA O Nº DE CASAMENTOS CIVIS

Foi divulgado em vários órgãos da imprensa, o aumento de casórios no Brasil.

Segundo dados do IBGE, houve um aumento de 4,5% entre 2007 e 2008.

Em comparação com o ano de 1998, o aumento foi de 34,8%.

A melhora no acesso aos serviços de registro civil de casamento e as ofertas de casamentos coletivos são alguns dos motivos para esse aumento, segundo o próprio Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas.

A pesquisa diz ainda que em 2008, as taxas de nupcialidade mais elevadas foram obtidas no Acre e no Espírito Santo,

12‰ e 9,6‰, respectivamente.







Exemplo de casamento coletivo
(Foto: Marcelo Franco - Extra)






As menores taxas foram observadas no Pará (4,4‰) e no Rio Grande do Sul (4,5‰).

Piauí, Mato Grosso, Minas Gerais e em Sergipe também tiveram redução.


No estado do Rio de Janeiro a taxa passou de 6,1 %, em 1998, para 6,3% em 2008.

São Paulo aparece com 6,8 (1998) e com 8,1% (2008).

Na Bahia, 4,6% (1998) e 5,2% (2008).



O IBGE informa que em 2008, para o conjunto do País, a maior taxa entre as mulheres permaneceu no grupo etário de 20 a 24 anos (29,7‰). O valor é maior que o observado em 2003 (28,2%).

Entre os homens a taxa de nupcialidade mais elevada foi observada no grupo cujas idades
estão compreendidas entre 25 e 29 anos (32,7‰).





Um dado curioso é o que mostra o crescimento do número de recasamentos de indivíduos
de 15 anos ou mais de idade, ocorridos e registrados no ano de 2008, que representaram

17,1% do total das uniões formalizadas daquele ano.



Isso quer dizer que pessoas com 15 anos de idade estão contraindo matrimônio civil com pessoas viúvas ou divorciadas, já que é pouco provável que um adolescente de 15 anos de idade esteja casando pela segunda vez nesta faixa etária.

Em 1998, esses recasamentos totalizaram 10,3%, passando para 13,1% (2003) e 17,1 (2008).

É preciso uma pesquisa para indicar o motivo que está levando adolescentes a casarem com adultos viúvos ou divorciados. É importante lembrar que uma pessoa com 15 anos de idade somente pode "casar no civil" com o consentimento dos pais ou responsáveis legais. Será que o chamado "golpe do baú" está aumentando?


Agora o outro lado da moeda:





o IBGE informa que, em 2008, dos 105 044 processos judiciais e escrituras públicas referentes ao assunto, 102 813 foram concedidas sem recursos ou realizadas nos Tabelionatos.

Na faixa etária dos 20 anos ou mais de idade o total foi de 98 213 separações.

Os divórcios judiciais concedidos sem recursos e os realizados nos Tabelionatos
totalizaram, em 2008, 188 090 processos ou escrituras. Destes, 181 456 foram de cônjuges
com 20 anos ou mais de idade, ou seja, 4,6% de acréscimo em relação ao ano anterior.

(©BELGA/ILLUSTRA/Frederic Cirou)









O número de divórcios ficou assim: de 1,1% (1998) para 1,2 (2003) e 1,5 (2008).
Ou seja, houver um aumento.

Já o de separações aparece assim:
0,9 em 1998 e também em 2003, já em 2008 ocorre uma ligeira queda para 0,8.

Não podemos esquecer que desde de 4 de janeiro de 2007, os divórcios e separações passaram a acontecer, também, nos Tabelionatos de Notas. Isso pode explicar o aumento de divórcios, já que somente pode casar de novo quem se divorciar.

A última novidade é que, na semada passada (2/12/2008), a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o projeto que permite a tramitação de processos de separação judicial e divórcios amigáveis pela internet, sem que seja necessária a presença do casal.

Adriano Ryba, presidente da Associação Brasileira dos Advogados de Família, disse, em reportagem divulgada na página eletrônica da Rede Brasil Atual, que a vantagem está na redução do tempo de julgamento.

Entre os dois sexos, em 2008, os homens de 20 anos ou mais de idade, com idades em torno dos 39 anos, se separaram mais. Os homens com 43 anos, investiram mais no divórcio.
Houve mais separações entre as mulheres com 35 e mais divórcios entre as quarentonas.

Voltando no tempo, em 1998 essas médias eram de 34 anos para as mulheres, na data de abertura do processo de separação, e de 37 anos, no início do processo de divórcio. Já os homens tinham em média 37 anos ao
iniciarem a formalização da separação e 40 anos, no caso do processo de divórcio.

A pesquisa diz também que o aumento da concessão de guarda dos filhos por parte das mulheres, explica porquê os divorciados estão preferindo mulheres solteiras para um novo casamento.








"Gagau" custa caro!











Mais detalhes da pesquisa: www.ibge.gov.br

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

COMO FALAR: RISCO DE MORTE ou RISCO DE VIDA?

Quando criança, diante da TV e de uma notícia de alguém com possibilidades de vir a morrer, sempre ouvir:

APESAR DAS GRAVIDADES DO ACIDENTE, O PILOTO NÃO CORRE RISCO DE VIDA.

De alguns anos pra cá, passei a ouvir a maioria dos repórteres dizer: RISCO DE MORTE.

Pensei: é, mudaram também essa expressão. Na minha ingenuidade e comodismo intelectual, achei que era mais uma mudarça ortográfica qualquer.

Para minha surpresa, semana passada ouvi um repórter anunciar: RISCO DE VIDA.

Pensei: êpa, tem alguma coisa errada!

Afinal de contas, é RISCO DE MORTE ou RISCO DE VIDA?

Pesquisei e, para minha surpresa, vi que as idéias por trás das duas expressões são as seguintes:


-risco de morte- 

Diz-se que esta forma
é a mais coerente
, pois só pode correr "risco de vida" um morto que está em condições de ressuscitar. Assim, há risco em morrer e não em viver, já que não há a ressurreição logo após a morte de alguém.

Se a existência do risco é sempre ligada a algo ruim

("risco de pegar uma infecção", "risco de ser contaminado", "risco da seleção brasileira de futebol perder a taça da Copa", "risco de ficar sem emprego", "risco de contrair uma doença" etc.),

parece lógico que "risco de morte" (como "risco de morrer") seja mesmo a expressão mais indicada.

Porém....


-risco de vida- significa “risco de perder a vida”.

Por que essa forma não tem base gramatical para ser ABOLIDA?

A Gramática Normativa registra como FIGURAS DE SINTAXE. O que significa isso? O que é uma sintaxe?

SINTAXE é o estudo das palavras numa frase, as suas relações de concordância, de subordinação e de ordem. Nesse estudo se observa vários fenômenos, a ELIPSE é um deles.

O que é uma ELIPSE?















Segundo Evanildo Bechara, gramático respeitado nos meios acadêmicos e autor de muitos livros ligados à Língua Portuguesa,


ELIPSE é a omissão de um termo facilmente subentendido por faltar onde normalmente aparece, ou por ter sido anteriormente enunciado ou sugerido, ou ainda por ser depreendido pela situação, ou contexto.*

* BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004, p. 52.




Em outras palavras, ELIPSE é um meio de "ECONOMIZAR" palavras.

Em RISCO DE VIDA, a ELIPSE (a "economia") ocorre com PERDER A.

RISCO DE [PERDER A] VIDA.

A legitimidade do uso de RISCO DE VIDA já está presente em nossa língua há séculos. Sempre quando algum escritor queria dizer que alguém estava para pôr a vida em risco ou ainda, arriscar a vida, a expressão RISCO DE VIDA aparecia.
Dessa forma a expressão pode ser encontrada em obras de Machado de Assis, Eça de Queirós e outros.

O curioso é que na expressão RISCO DE MORTE, também há uma ELIPSE:


Risco de morte vem de risco de [encontrar a] morte.

A idéia de um "ENCONTRO" vem da personificação que se faz da morte, geralmente um anjo de capus com uma foice na mão. Daí RISCO DE ENCONTRAR O ANJO DA MORTE.

As línguas mais afiadas dizem que o causador da polêmica é um consultor que oferece seus "serviços" às redes de comunicação do país. Será que ele quis "justificar" o seu salário?

Contudo, a verdade, como vimos, é que as duas formas são possíveis.

Como o RISCO DE VIDA já acompanhava o falar de acadêmicos, da imprensa e até dos menos gramaticados, por que mudar?


Em entrevista publicada pela VEJA.COM, Evanildo Bechara disse o seguinte:

Risco de vida – Há professores que condenam essa expressão. O correto seria "risco de morte". Nesse caso, porém, é o uso que dá a norma – e o uso consagrou "risco de vida"
http://veja.abril.com.br/050308/p_114.shtml


Portanto, nem pense em dizer que uma ou outra forma É ERRADA!

Para concursos públicos, o melhor é consultar o professor do cursinho preparatório (se for caso) ou garantir a reclamação junto aos organizadores das provas, com uma boa gramática na mão.