segunda-feira, 23 de novembro de 2009

TRÁFICO DE ENTORPECENTES Nº 02

Como disse no outro post, VOLTAMOS ao assunto:

A GUERRA PELOS PONTOS DE VENDAS DE ENTORPECENTES.

Todos viram e ouviram sobre o que está acontecendo na Tijuca, bairro da zona norte da Cidade Maravilhosa.

Casa Branca e Formiga, são nomes de comunidades que surgiram às margem ou em volta do bairro de classe média carioca.

Vista parcial do Morro da Formiga.
O prédio à direita, está localizado na Rua Conde de Bonfim (no pé do morro), importante via de acesso da Tijuca, liga o bairro a diversos pontos da Cidade Maravilhosa, inclusive ao ponto final do Metrô da Zona Norte, na Praça Saens Peña.
É na Conde de Bonfim que está localizado o Tijuca Tênis Clube.






Devido a incompetência, avareza e hipocrisia política, estas comuidades (como várias outras semelhantes espalhadas por quase todo Brasil) se tornaram redutos de vidas que não são atendidas pelo Governo e se tornaram também quarteis-generais dos mais diversos grupos do crime-organizado.

Esses criminosos escolheram tais locais devido ao difícil acesso da polícia e da farta "mão-de-obra" oferecida pelas crianças, adolescentes e garotas sem esperança.

O Crime-Organizado, como já sabemos, sobrevive com a VENDA de ENTORPECENTES e com a venda de tudo que é ligado a esse lucrativo comércio, ARMAS, por exemplo.

O assunto é: VENDA de ENTORPECENTES.

Os moradores da Tijuca foram contemplados com uma "orquestra" de vários tipos de armamentos. Vietnã, Afeganistão ou Palestina pareciam ter filiais no bairro. Foram mais ou menos 6h de muito tirtoteio e disparos de armas pesadas.

Ah, sim, a causa da guerra: DISPUTA PELOS PONTOS DE VENDA DE ENTORPECENTES.

Os crimonosos do Casa Branca tentaram ocupar os pontos de venda pertencentes aos criminosos do Formiga.

A polícia acabou trocando tiros com os dois grupos.

Ah, não podemos esquecer a causa disso tudo: DISPUTA PELOS PONTOS DE VENDA DE ENTORPECENTES.

VENDA. $$$$
VENDA. $$$$
VENDA. $$$$

Para se VENDER algo é preciso que haja COMPRADOR. Certo?

Se já se sabe QUEM VENDE.

Faço a minha, digamos assim," IRRELEVANTE" pergunta: QUEM COMPRA? COMO COMPRA? ONDE COMPRA?

Chamo ironicamente de IRRELEVANTE porque toda a ação policial visa o VENDEDOR.

Mas, EXISTIRIA VENDENDOR SEM COMPRADOR?

Existiria a guerra pela venda se não houvesse QUEM SUBISSE AO MORRO PARA COMPRAR?

Existiria a guerra pela venda se não houvesse QUEM CONSUMISSE AS DROGAS?

Ou eu devo pensar que todos os que consomem entorpecentes no Rio de Janeiro têm UMA LINDA PLANTAÇÃO DE MACONHA E COCAÍNA NOS SEUS APARTAMENTOS DA ZONA SUL e adjacências? Ou as drogas são entregues por um cegonha?




Esta é uma RAVE, nome que se dá a diversos locais onde são realizados bailes com música eletrônica. Já é um reduto de venda e de consumo de drogas conhecido há décadas.

O termo RAVE vem do inglês, significa "DELÍRIO", "ACESSO DE CÓLERA", "FÚRIA". Na gíria brasileira traz o significado original de "FESTA MUITA LOUCA".







Este é o campus da Universidade Federal Flumineses,
em Niterói, RJ.
É comum em lugares como este, universitários consumirem maconha à vontade.

Onde será que o entorpecente é comprado?









Muitos esquemas de vendas de drogas por telefone já foram descobertos.

Nesse sistema de ENTREGA RÁPIDA, o consumidor recebe a droga solicitada em casa, através de um motoboy, com todo conforto e comodidade.

E os nossos astros, hein!

É. Alguns de nossos famosos também apareceram na mídia com problemas causados pelo vício.

Mas, espere aí... VÍCIO????



Um dos últimos casos trazidos à mídia foi o do galã Fábio Assunção.
Segundo o que foi divulgado, o ator foi pego pela Polícia Federal num flat (tipo de apartamento) no Itaim, zona sul de São Paulo, com um traficante que tinha em seu poder 30 gramas de cocaína.



Mas o namoro entre famosos e consumo de drogas não é algo do século XXI. Todos nós sabemos disso.




Um dos casos mais marcantes da história da MPB é o caso da saudosa Elis Regina.
Maior intérprete que a nossa música já teve, a gaúcha foi encontrada morta em seu apartamento, depois de ter ingerido uma dose excessiva de álcool e COCAÍNA. Ela tinha 36 anos.

De onde veio a cocaína que ela consumiu?

E olha que isso aconteceu em 1982.








1990, a modelo Adriana de Oliveira morreu por ingestão de cocaína, álcool, maconha e tranquilizante, aos 20 anos.



Ainda existem aqueles famosos que são consumidores assumidos e que até já perderam o emprego por causa disso.

Quem lembra da jornalista e apresentadora Soninha Francine?
Ela foi demitida da TV Cultura, onde apresentava o "RG", programa para o público jovem, após assumir publicamente ser usuária de maconha. Decidida a levar adiante o debate sobre o uso da maconha, ela diz não ter se arrependido do que fez.




Evidente que o problema não é o uso.

O PROBLEMA É :

COMO E ONDE os nossos astros adquirem tamanha quantidade de entorpecentes a ponto, até, de se tornarem viciados?


Vejam bem, eu não estou aqui sugerindo que a polícia saia por aí prendendo todos os consumidores de maconha, cocaína, heroina, crack e similares. Não. Estou chamando a atenção para a... VENDA.

A responsabilidade de cada usuário não é enquanto fazem uso das drogas, mas enquanto são COMPRADORES, de forma direta ou indireta.

O motivo da guerra entre os traficantes é este, OS PONTOS DE VENDA.

Sem VENDA, não existe TRÁFICO de entorpecentes. Sem o TRÁFICO...

Assim pergunto: POR QUE AS POLÍCIAS NÃO MONTAM UM ESQUEMA DE VIGILÂNCIA PERMANENTE nos possíveis locais de vendas?

Por que as polícias não montam um esquema EFICIENTE de vigilância permanente nas entradas QUE DÃO ACESSO A ESSES MORROS?



VENDA. $$$$$
VENDA. $$$$$
VENDA. $$$$$

Por que existe a GUERRA por esses PONTOS DE VENDAS?

Esses crimonosos não iriam entrar em guerra só porque um ponto de venda é mais bonitinho que o outro.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sabe aquele remédio que você compra na farmácia da esquina?

O nosso sistema econômico tem como alicerce aquilo que todos nós sabemos existir e que, por vezes, as nossas necessidades nos deixa que escape do senso crítico:









O LUCRO.






 


Sempre me causa incômodo o lucro que dois tipos de indústrias obtêm:

1) Funerária

2) Farmácia


Penso que, talvez inconscientemente, os donos desse tipo de empresa, ficam torcendo para que alguém morra ou fique doente. Caso contrário, irão à falência!


 Fiz uma pesquisa sobre a indústria farmacêutica e descobri o que se segue.


Numa clínica, enquanto se aguarda o atendimento, é comum aparecer homens e mulheres (trajes impecáveis) e de MALETA nas mãos. Muitas vezes eles até passam na nossa frente!

Pois é, esses profissionais são representantes das indústrias de remédios, cuja missão é DAR UMA CANTADA NOS MÉDICOS a fim de VENDER a marca que está representando.

Teoricamente, esse profissional deve levar as informações técnicas dos medicamentos através de informatuivos e amostras grátis para que os médicos possam indicá-los. Mas na prática não é só  isso que acontece. Esses representantes oferecem:

* brindes diversos
* convites para almoços
* ofertas de viagens
* idas a congressos com tudo pago


* E DINHEIRO!!!

Isso mesmo, DINHEIRO. Determinadas quantias acabam criando um vínculo de negócio entre o médico e o representante. Por exemplo, se a quantia for simpática, o médico se compromete a receitar aquela marca por um número "X" de vezes.

Essa prática é levada também aos balconistas das drogarias. Alguns balconistas são pagos para anotar o nome do médico DAS RECEITAS apresentadas ou tentar "empurrar" um medicamento "mais barato" e que "faz o mesmo efeito".

Há até o que é chamado de MARKETING SUSTENTÁVEL. Que bicho é esse?

É o seguinte: para inovar nas estratégias de "cantadas" aplicadas nos médicos, algumas indústrias farmacêuticas substituem os brindes e ofertas por CURSOS que atendam às necessidades dos médicos. Um curso de finanças, por exemplo.

Tudo, não podemos esquecer, PARA QUE O MÉDICO RECEITE aquela marca.

Muitos laboratórios também passaram a investir nos genéricos, aqueles remédios que não se submetem aos encargos de uma marca, divulgando apenas o seu princípio ativo.

Sabe aqueles profissionais da maleta? Pois é, quando eles vão fazer a lavagem creberal nos médicos com a marca que estão representando, aproveitam para "empurrar" também os genéricos.

Outro esquema comumente usado para lucrar com remédios é o convite feito a alguns médicos para promoverem palestras sobre determinado produto.

Abaixo, descrevo um depoimento interessante:

Era um dia frio de outono na Nova Inglaterra, em 2001, e o amistoso representante da Wyeth Pharmaceuticals me visitou em meu consultório em Newburyport, Massachusetts, para me convidar a fazer palestras a outros médicos sobre o uso do Effexor XR como remédio para a depressão. A Wyeth forneceria as ilustrações para as palestras e me pagaria um curso que me ensinaria a falar melhor em público.


Eu visitaria os consultórios de outros médicos na hora do almoço e receberia US$ 500 por sessões de almoço informativo. Os honorários subiriam para US$ 750 caso eu tivesse de viajar mais de uma hora de carro. A empresa bancaria uma viagem de "treinamento de professores" a Nova York, onde eu seria mimado em um hotel da região central de Manhattan por duas noites, além de receber um "honorário" adicional.

Eu tinha um consultório psiquiátrico movimentado, e minha especialidade era a psicofarmacologia. Conhecia bem o Effexor, e havia lido estudos recentes segundo os quais o medicamento poderia ser ligeiramente mais eficiente que os remédios conhecidos como SSRI, os antidepressivos mais comuns - Prozac, Paxil e Zoloft, por exemplo.
"SSRI" quer dizer inibidor de regeneração seletiva de serotonina. O remédio eleva a presença do neurotransmissor serotonina, um produto químico que o cérebro produz e ajuda a regular nossos humores. 

O Effexor estava sendo comercializado como inibidor duplo de regeneração, o que significava que ele elevava ao mesmo tempo a serotonina e a norepinefrina, outro neurotransmissor.

A teoria promovida pela Wyeth era a de que dois neurotransmissores com certeza seriam melhores que um. Eu já havia receitado Effexor a diversos pacientes, e o remédio me parecia trabalhar no mínimo tão bem quanto os SSRI.

Se eu fizesse palestras a clínicos sobre o Effexor, arrazoei, não estaria violando a ética. A Wyeth talvez se beneficiasse, mas os demais médicos também obteriam vantagens, porque receberiam mais informação sobre um bom remédio.

Poucas semanas mais tarde, minha mulher e eu estávamos no saguão do luxuoso Millenium Hotel, em Manhattan. Na recepção, me foi entregue uma pasta que continha o cronograma das palestras, um convite para diversos jantares e recepções, além de dois ingressos para um musical da Broadway.

Comecei a sentir certa dor na consciência. O dinheiro investido parecia excessivo, se o objetivo do grupo farmacêutico era simplesmente que eu instruísse os médicos que trabalham em pequenas cidades ao norte de Boston.

Depois de aumentar a sua renda e ganhar confiança no medicamento que divulgava, Daniel Carlat, psiquiatra que viveu essa experiência, decobriu numa pesquisa que o tal medicamento provocava um incidência de hipertensão nas pessoas tratadas com a droga. O psiquiatra foi pego por um peso na consciência:

 Pensando no ano que passei trabalhando para a Wyeth, me pergunto se representar a empresa me levou a fazer coisas que não deveria. Meu conselho teria convencido médicos a fazer más escolas de medicamentos, e com isso teriam seus pacientes sofrido de maneira desnecessária?









 (Daniel Carlat é professor assistente de Psiquiatria Clínica na Escola de Medicina da Universidade Tufts e editor do Carlat Psychiatry Report.)





Mais:


 


Você já viu aquele cartaz que divulga informações sobre determinada epidemia e que, logo em seguida, divulga o nome de um medicamento? Pois é, não é preocupação das farmácias em orientar a população não, essa é mais uma estratégia das industrias farmacêuticas. Assim, é comum encontrar campanhas sobre depressão, impotência, obesidade, diabete etc. Um exemplo recente foi que se viu nas campanhas informativas sobre a gripe H1N1.














Aqui, junto às informações sobre a gripe influenza, ver-se a propaganda da PRÓPHARMACOS. 



Hoje em dia não são raras as notícias sobre apreensão de medicamentos controlados à base de farinha, feitos em fundo de quintal.

Tudo isso prova o quanto o LUCRO está cegando muitas pessoas, que valorizam mais a renda do que a vida alheia. 

O correto é que o Governo tivesse a responsabilidade de providenciar os medicamentos para a população, tratando todo tipo de medicamento como um bem-comum, não como uma moeda de especulação financeira.