A Cabana - Humor, ternura, mistério e suspense
Acho que foi Nelson Rodrigues que disse ser burra toda a unanimidade.
É claro que ao deixar o sarcasmo e a pesada ironia do renomado dramaturgo de lado, pode-se relativizar, sim, a incômoda estatística.
Um exemplo disso é o livro A Cabana, do canadense Wlliam P. Young, lançado originalmente em 2007 e que desde então já vendeu mais de 2 milhões de cópias.
Best-Sellers sempre me deixam com uma pulga atrás da orelha.
Penso: por que será que estão comprando tanto este livro?
Já está provado que sucesso de vendagens não significa, necessariamente, qualidade.
Uma prova disso é o renomadíssimo Paulo Coelho. Nada contra o "mago" escritor, apenas não vejo originalidade em suas obras.
A Cabana, ao contrário, é um livro que surpreende.
Embora seja campeão de vendas, o livro consegue ser original numa fórmula antiga: ensinar determinada realidade a partir de uma ficção.
O livro nos leva a reflexão sobre coisas que fazem parte da vida de todo ser humano - onde está Deus num mundo de injustiças? (Atire a primeira pedra quem já não fez essa pergunta).
Ateus e religiosos, de um jeito ou de outro, em algum momento da vida, já indagaram às estrelas com questões como essas.
De um jeito criativo, A Cabana surpreende ao tratar de assuntos tão complexos, como a Trindade cristã, por exemplo.
A história gira em torno do personagem Mack Allen Phillips, um homem que vive sob o peso da experiência de ter sua filha, de seis anos, raptada durante um acampamento de fim de semana.
A menina nunca foi encontrada, mas sinais de que ela teria sido assassinada são achados em uma cabana nas montanhas.
Quatro anos depois do fatídico episódio, o pai recebe um misterioso bilhete supostamente escrito por Deus, convidando-o para uma visita a essa mesma cabana, onde Mack terá uma experiência inusitada, com a qual tentará obter resposta para a inevitável pergunta: "Se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar nosso sofrimento?"
Humor, ternura, mistério e suspense são os ingredientes dessa obra.
O livro ganhou uma adaptação para as telonas em 2017 com Sam Worthington e Octavia Spencer no elenco central.
William P. Young nasceu em Alberta, no Canadá, mas passou grande parte de sua infância em Papua Nova Guiné, junto com seus pais missionários em uma comunidade tribal. Ele pagou seus estudos religiosos trabalhando como DJ, salva-vidas e diversos outros empregos temporários. Formou-se em Religião em Oregon, nos Estados Unidos.
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